Essa ação pode passar por pedir ajuda a algum profissional qualificado, começar a fazer um tipo de treino que até ja fazia e me sentia bem mas parei, começar uma rotina diferente…qualquer coisa, menos parar, porque parar significa regredir!
Pelo menos controlar para evitar que o estado piore.
Na grande maioria dos casos a dor nas costas ou dor na coluna é de origem musculoesquelética (muscular).
As dores podem surgir na sequência de uma má postura, stress, cansaço, levantamento de pesos, falta de exercício regular, etc., podendo facilmente ser resolvida através de medicação e de algumas medidas gerais, como veremos adiante com detalhe.
A dor nas costas pode ser devida a algumas patologias ou doenças da coluna.
A dor pode instalar-se de forma gradual (vai doendo cada vez mais) ou, então, pode surgir de forma súbita (“repentina” ou “de repente”), sendo que este facto e a intensidade da dor não estão, por norma, diretamente relacionados com a gravidade do problema.
A dor nas costas é um sintoma que deverá ser sempre avaliado por um profissional competente. Se a dor nas costas for muito forte ou se houver outros sintomas como febre, arrepios, perda de peso, dificuldade em respirar, problemas em se movimentar, entre outros sinais e sintomas a valorizar, deverá procurar um médico com urgência.
A dor na coluna atinge uma larga maioria da população, estando entre as principais causas de absentismo ao trabalho. Apesar das dores na coluna serem na maioria dos casos perfeitamente benignas, elas podem ser muito incomodativas e incapacitantes, degradando muito a qualidade de vida das pessoas.
Felizmente, que na maioria dos casos, existe um conjunto de medidas curativas e preventivas que nos permitem tratar e prevenir eficazmente este problema.
Localização da dor de costas
A coluna vertebral é formada por uma série de vértebras (ossos da coluna), que se articulam entre si, através dos discos intervertebrais.
A coluna vertebral divide-se em quatro regiões (veja imagens).
A coluna cervical é o segmento mais superior da coluna, sendo constituído por sete vértebras (C1 a C7). A seguir, encontramos a coluna dorsal ou torácica que é formada por doze vértebras (T1 a T12). A coluna lombar é constituída por cinco vértebras (L1 a L5). Na parte mais inferior encontramos os segmentos da coluna sagrada (região do sacro, cóccix) com quatro ou cinco vértebras fundidas (S1 a S5).
As dores podem afetar qualquer segmento ou parte da coluna, podendo distinguir-se entre:
- Cervicalgia (dor cervical) – O termo cervicalgia é usado para nos referirmos à dor na coluna cervical ou “dor na parte de cima nas costas“, onde se localiza a região cervical;
- Dorsalgia (dor dorsal) – O termo dorsalgia é usado para nos referirmos à dor na coluna dorsal ou “dor no meio das costas”, onde se localiza a região dorsal;
- Lombalgia (dor lombar) – O termo lombalgia é usado para nos referimos à dor na coluna lombar ou à ”dor na parte de baixo das costas”, “dor nas costas próximo à cintura” ou “dor no final das costas”, onde se localiza a região lombar.
Em termos de lateralidade, a dor tanto pode ser bem localizada na região mediana ou “no centro da coluna” ou mais na parte lateral, afetando apenas um lado (dor no lado esquerdo ou dor no lado direito), como pode, em alguns casos, ocorrer dos dois lados ou ser mais difusa.
Por vezes, a dor pode irradiar (“uma dor que vai da coluna”) para outras regiões anatómicas, sendo a mais frequente a dor ciática (ciatalgia). A ciatalgia é uma dor nas costas que irradia para as pernas até ao pé, que ocorre como consequência da compressão do nervo ciático, que se estende desde a coluna até aos pés. Podem também ocorrer adormecimento (formigueiros) ou alterações da força no(s) membro(s) afetado(s).
A lombalgia é o tipo de dor na coluna mais frequente, sendo mesmo uma das queixas médicas mais comuns.
Estima-se que a lombalgia atinja até 90% dos adultos ao longo da vida.
Para além da dor, a lombalgia manifesta-se como rigidez, desconforto ou tensão nas costas, sendo a intensidade muito variável, desde ligeira a muito intensa, podendo mudar ao longo do dia, com movimento, em algumas posições ou atividades. A maioria dos doentes refere que sentar ou deitar permite abrandar os sintomas.
Em relação aos quadros associados à dor nas costas, é de salientar também alguns tipos de variações.
A dor de costas pode ocorrer apenas com a realização de certos movimentos (ao andar, ao correr, saltar, ao deitar, subir ou descer escadas, etc.) ou, então, apenas em certas posições. Em muitas situações, a dor de costas pode ocorrer mesmo em repouso (dores constantes), seja de pé, sentado ou deitado.
A dor nas costas ao respirar tende a agravar (a doer mais) dada a necessidade de movimento dos músculos que são precisos mexer para respirarmos (inspirar e expirar). Quando respira fundo, quando tosse ou ao espirrar, a dor tende a ser, ainda, agravada, no contexto destes movimentos mais intensos / bruscos. Em qualquer um destes quadros associados, a aparente gravidade não está diretamente relacionada com a seriedade da patologia subjacente, conforme abordaremos em cada uma das causas para a dor de costas.
Dor nas costas - causas
Existem diversas causas para a dor na coluna, podendo também identificar alguns fatores de risco para o surgimento da sintomatologia. Os problemas musculares podem, na maioria das vezes, ser acautelados se soubermos identificar os fatores de risco e preveni-los.
Infelizmente, algumas patologias (ou doenças) relacionadas com a dor de coluna não podem ser prevenidas. Veja mais informação em prevenção da dor na coluna.
O processo natural de envelhecimento é uma inevitabilidade e muito associado à dor de costas, sendo um importante fator de risco em algumas patologias. O excesso de peso (obesidade), muitas vezes associado a maus hábitos alimentares provoca uma maior pressão sobe a coluna.
O sedentarismo e ausência de exercício físico, não só podem agravar o problema do excesso de peso, como não permitem ter músculos que permitam sustentar a coluna de uma forma adequada, podendo desencadear crises.
As posturas incorretas, seja de pé sentado ou deitado, são também um dos fatores que podem desencadear o problema. Uma postura correta é determinante para prevenir a dor nas costas. O tabagismo (fumar) também aumenta o risco de vir a padecer de dor nas costas. Veja mais informação em prevenção.
Contraturas musculares
As contraturas musculares são uma importante causa para o surgimento de dor nas costas, mais frequentemente, na região lombar.
Muitas vezes, a dor aguda pode surgir com a realização de algum movimento como pegar num dado objeto, popularmente apelidadas de dar um “mau jeito nas costas”. A dor nas costas ao levantar da cama (ao acordar), pode também estar relacionado com más posições para dormir ou o colchão não ser adequado. A dor crónica, no entanto, na maioria dos casos, está relacionada com as alterações que ocorrem na coluna ao longo do tempo (com o envelhecimento).
Este processo degenerativo inicia-se muito cedo, antes dos 30 anos de idade, e torna a coluna mais suscetível à dor.
Algumas lesões ou degenerescência dos discos intervertebrais são também uma das causas para a dor.
Como prevenir a dor nas costas?
Nem sempre a dor na coluna pode ser prevenida, no entanto, existe um conjunto de medidas que se adoptado, no seu dia a dia, permitem evitar ou diminuir substancialmente o risco para o seu surgimento. Entre essas medidas, destacamos:
- Realizar uma alimentação equilibrada e variada. Uma dieta adequada é muito importante para um organismo saudável e para controlar o excesso de peso (obesidade);
- Manter uma postura correta, seja em pé, quando permanece sentado ou deitado, ou quando levanta objetos mais pesados;
- O reforço muscular ativo e o treino cardiovascular, através de exercícios são igualmente importantes para uma melhor recuperação e permitir a prevenção de futuros episódios. Pratique exercício, combinando treino cardiovascular (fazer caminhadas, andar de bicicleta, etc.), permitindo um reforço da musculatura postural e alongamentos (Pilates, core strengthening);
- No seu local de trabalho evite ficar muito tempo sentado ou em pé na mesma posição. Deve de hora a hora realizar pequenos exercícios de mobilização e relaxamento muscular. Mudar de posição, relaxar, realizar pequenos exercícios de ginástica que lhe permitam sair das posições de rotina, são muito importantes para prevenir futuros episódios.
- Não fume. O tabaco é, como todos sabemos, muito prejudicial à sua saúde;
- Deve dormir numa posição confortável (de lado ou barriga para cima) e deve ter especial cuidado com a escolha de um bom colchão e almofada.